Chiclete de camarão… já ouviu falar disso?
Confesso que quando ouvi a primeira vez, na minha viagem à Maceió noutro dia, pensei: “será que os caras aqui gostam de comer camarão fora do ponto, borrachudo?”.

Fiquei meio cabreiro, mas resolvi conhecer o prato. E a surpresa foi enorme! O chiclete de camarão não tinha nada a ver com algo borrachudo, e sim com isso daqui:

Camarões, cozidos no ponto certinho, bem macios, mas envoltos num creme com muuuuuito queijo, pra ficar bem puxa-puxa. Dá pra imaginar como isso é bom?

Fiquei com a vontade de fazer essa receita assim que voltasse de viagem. E a vontade virou ação, assim que tive a honra de receber o pedido dos meus amigos do Clubeer: Produzir a receita que combinasse com a cerveja comemorativa do aniversário de 2 anos do Clube: A Happy B’Day, uma Pilsen de verdade, como todas deveriam ser!

 O rótulo ficou lindo, e o conteúdo, ainda melhor!

A Happy B’Day foi feita em parceria com a Bamberg Bier, de Votorantim, aqui em São Paulo. A Bamberg é conhecida por produzir receitas alemãs, bem tradicionais. Como essa Bohemian Pilsener, estilo da cerveja Happy B’Day: Uma cerveja feita com o objetivo de ser diferente, podendo ser bebida por um longo tempo, sem que ela se torne cansativa e repetitiva.

O estilo Bohemian Pilsen é um dos meus favoritos: ele prova que sutiliza e complexidade andam de mãos dadas. Ela tem aromas florais e condimentados e também lembra muito pão, fermento e caramelo.

O sabor é inicialmente doce, por conta do malte, mas logo depois o famoso lúpulo Saaz toma conta de  tudo, deixando um amargor e uma certa picância na boca. Daquelas cervejas que já pedem um novo gole após serem tomadas!

Harmoniza bem com salmão, presunto crú, peixe frito, comida thai e, claro, com camarão!

Fazer o chiclete de camarão não é difícil: Você precisa de camarões bem frescos, um bom queijo e, vá lá, um pouco de calma, pra não devorar tudo quando ficar pronto.

A receita é assim:

• 500 gramas de camarão médio sem casca;
• 250 gramas de mussarela cortada em cubinhos;
• 250 gramas de gruyére cortado em cubinhos;
• 300 gramas de catupiry;
• 600 ml de leite;
• 4 dentes de alho amassados;
• 1 cebola média;
• 4 cravos da índia;
• 2 folhas de louro;
• 2 colheres (sopa) de farinha de trigo;
• 2 colheres (sopa) de manteiga;
• 1 colher (sopa) de óleo;
• sal e pimenta do reino a gosto.

Você começa fazendo o bechamèl, aquele famoso molho branco: Retire a casca da cebola e corte-a no meio. Espete em cada metade dois cravos da índia e leve essa cebola e o louro para “cozinharem” no leite. Não deixe o leite ferver, é só desligar o fogo quando o leite ficar bem quente, com a cebola e os temperos lá dentro e deixar descansar por uns 15 minutos.

Em fogo baixo, derreta a manteiga e junte a farinha. Descarte a cebola, os cravos e o louro que estão no leite e vá colocando-o nessa mistura de manteiga e farinha aos poucos, sempre mexendo bem, até obter um molho cremoso. Coloque o catupiry e os cubos de queijo dentro da panela e deixe no fogo mais um pouquinho, até tudo começar a derreter (nesse momento você vai obter aquele puxa-puxa da foto lá em cima).

Enquanto isso, o camarão: em uma frigideira, aqueça o óleo e frite o alho amassado. Adicione os camarões, fritando rapidamente, para eles não ficarem borrachentos. É só o tempo de eles ficarem rosados e você já pode desligar o fogo.

Tempere os camarões com um pouquinho de sal e de pimenta do reino e junte-os ao molho de queijos. Leve ao forno pra gratinar em um refratário ou em potinhos individuais e sirva, de preferência com uma cerveja incrível como a que o Clubeer me mandou!

 Um prato simples, mas cheio de sabor, para uma cerveja impecável: Combinação perfeita!