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Macarrão com ervilha, bacon, ricota e uma redenção!

Posted: 17 Apr 2012 08:13 AM PDT

Ano passado, a Deh publicou aqui no blog um texto super bacana chamado “Eu nunca vou comer tomate na minha vida, onde ela faz referência à Lola, personagem de um desenho chamado Charlie&Lola, que retrata a história de um menino de 8 anos e da sua irmãzinha, a Lola, de 5 anos. Em um dos episódios mais fofos da série, ela compartilha tudo o que ela não gosta de comer, e é bem enfática: Eu nunca vou comer tomate na minha vida!

Eu era a Lola, quando criança. só que em vez de tomate, era enfática quando dizia que nunca comeria ervilhas na minha vida! Só que eu não tinha um irmão fofo como o Charlie, pra me dizer que ervilhas são meros pingos verdes da Verdelândia. Ao contrário, eu tinha minha mãe tentando me empurrar ervilha goela abaixo.

E me lembro de um fatídico dia, véspera de dia das crianças, quando minha mãe prometera um presente que eu queria muito, mas com a condição de que comeria um arroz de forno com muitas ervilhas.

No alto da minha sinceridade de 6 anos, disse que se comesse aquilo passaria mal, mas ela não deu muita bola, e deixou que eu resolvesse o trauma com o prato de comida na minha frente. O desejo pelo brinquedo era mais forte e acabei comendo toda a comida.

Trato cumprido, fomos para a loja. Peguei o brinquedo, mas acabei realmente passando mal no meio da loja, em meio de mães e crianças alucinadas escolhendo brinquedos. Minha mãe me pegou pelo braço e saiu de fininho, com a promessa de que não me daria mais ervilhas.

Até que me tornei mãe, aprendi a comer de tudo pro meu filho comer bem e me dei conta que teria que me resolver com as ervilhas novamente. O compromisso foi tamanho que na primeira refeição do meu filho mais velho, tinha ervilhas, apenas com o cuidado meu de ter tirado suas cascas depois de cozidas, uma por uma.

Por fim, a redenção: provei ervilhas frescas, temperadas com sal, pimenta do reino e um fio de azeite. E gostei bastante, pra dizer a verdade. E essa receita surgiu nessa época, com meu primeiro filho ainda pequeno, eu aprendendo a cozinhar, sem tanto tempo pra ficar na cozinha e querendo recompensar de alguma forma todos esses anos que fiquei sem comer ervilhas!

Olha que moleza é:

- 400g de macarrão curto, como penne, farfalle, fusilli ou ganzettes (como eu usei);
– um teco de bacon ou pancetta, de mais ou menos uns 200g, picado em cubinhos;
– 300g de ervilhas congeladas (um pacote);
– 200g de ricota passada pela peneira;
– 60g de queijo parmesão ralado finamente:
– 2 colheres de sopa de azeite;
– um punhado de folhas de hortelã, cortadas em tiras finas;
– raspas de um limão siciliano (opcional);
– sal e pimenta-do-reino à gosto.

Frite os cubinhos de bacon numa frigideira e reserve-os. Coloque bastante água numa panela para ferver a massa. Enquanto isso, numa tigela bem grande, passe a ricota pela peneira, adicione o queijo parmesão, o azeite as raspas de limão e tempere com o sal e a pimenta-do-reino. Misture até formar uma pasta espessa e reserve.

Coloque a massa para cozinhar e assim que estiver al dente, escorra, reservando um pouco do líquido do cozimento dela. Coloque a massa imediatamente na mistura de ricota e em seguida, coloque um pouco da água reservada, a fim de diluir o molho (umas 7-8 colheres de sopa de água, aproximadamente).

Adicione o bacon, o hortelã, ajuste o sal e sirva em seguida.

Não tem como ter trauma de ervilhas, numa combinação tão apetitosa como essa!

 

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