Como eu já falei algumas vezes, os estilos de cerveja são muitos, e todos são bem diferentes entre si. Há as mais amargas, as mais aromáticas, as mais doces, as mais alcóolicas. Além dos ingredientes, o modo de fabricação da cerveja influencia demais toda essa diversidade.

E é a forma de se fabricar que dá a principal classificação de uma cerveja: As Ales, de alta fermentação e as Lagers, cuja fermentação é baixa. Eu não vou explicar toda essa parte técnica aqui. Você pode aprender mais sobre esse assunto aqui neste post.

A escola de cerveja alemã é bem famosa por suas Lagers. O tipo Ale não é muito a praia deles. Mas, sempre, sempre, sempre há uma exceção e aqui nesse caso ela está nas cidades de Dusseldorf e Colônia.

Antigamente, Dusseldorf pertencia a Colônia. Com o tempo e as modificações político-econômicas do local, Dusseldorf se tornou uma cidade independente. E isso foi o suficiente para começar as disputas entre ambas. No campo cervejeiro, que é o que me importa, essa disputa se dá entre as cervejas Ales: Altbier (de Dusseldorf) e Kölsch (se pronuncia “Quelch” e é de Colônia). E a disputa é frenética, como você pode ver nessa imagem que os caras de Dusseldorf fizeram:

Eu gosto de ambas, pra variar. Cada uma é bem diferente da outra, tanto em aroma e sabor, quanto em aparência, mas é essa diferença que torna tudo mais legal. Cada uma pode ser apreciada em uma ocasião diferente.

A Kölsch é uma cerveja mais leve, bem fácil de beber, com o malte bem presente e um leve sabor frutado. A cor é dourada, bem bonita e o teor alcóolico é baixo, cerca de 4,8%. Eu sinto um sabor de biscoito quando bebo uma Kölsch. Dessa vez eu degustei uma Eisenbahn Kölsch, que é nacional (De Blumenal – SC) e tranquila pra se encontrar. Essa, bem gelada, na praia, por exemplo, é uma delícia pra se tomar.

Já a Altbier é uma cerveja vermelha, com um alto amargor, proveniente da alta concentração de lúpulo na receita. Esse lúpulo traz um aroma floral ou herbal para a cerveja, muito gostoso de sentir. Também dá para sentir um adocicado, vindo do malte utilizado na receita. É uma cerveja mais encorpada, mais para o inverno, talvez. Mas não é tão alcóolica também: Tem cerca de 4,8% de álcool.

Dessa vez eu também fui de uma nacional: A Bamberg Alt, feita aqui em São Paulo, na cidade de Votorantim. Dá orgulho de ver uma cerveja tão boa sendo produzida por aqui.

Enfim… a disputa é boa, mas o meu conselho é: faça como eu e compre as duas. O fim de semana tá aí pra isso, não é verdade?