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Vinho pra tudo! [e uma receita de Papardelle incrível!]

Posted: 02 Dec 2011 04:57 AM PST

Quem acompanha a minha vida já sabe: eu não bebia. Jamais. Nada alcoólico, nem um bombonzinho recheado com licor.

Isso até o "advento" do meu divórcio. Lágrimas, depressão, tristeza, mundo implodido, mais lágrimas, mais tristeza, terapia pesada… até que um belo dia, o Leandro chegou aqui em casa, preparou uma caipirinha (daquelas que ele sabe fazer melhor que todo mundo) e sentenciou: "pare de chorar e comece a beber!"

O bom de começar a beber tardiamente é que toda aquela fase experimental que se tem na vida, dos porres, das bebidas baratas e com efeitos colaterais desastrosos, você não precisa passar! Seus amigos vão te apresentar o melhor dos drinks, dos vinhos, das cervejas, que eles já testaram e aprovaram. E é muito mais fácil beber com parcimônia, apreciando a bebida, não bebendo para ficar bêbada.

Foi assim que eu me apaixonei por um ramo dentro das bebidas que é um universo riquíssimo de sutilezas: os vinhos! E por estar engatinhando nessa área, não pude deixar de aceitar um convite delicioso da Casa Flora, para o evento Vinho pra Tudo e para a apresentação de alguns rótulos da vinícola Santa Carolina, com a explicação do sommelier Rodrigo Rodrigues, e harmonização com os pratos preparados com a ajuda de blogueiros queridos, como a Cintia, a Julia, o Gus, a Mafê e o Maestro Billy, o Cobra, a Luiza, e o divertido casal sem vergonha.

A cada prato servido, um pouquinho de vinho para combinar com o prato! Dá para não ser feliz assim?


Mas a parte mais bacana desse encontro foi refletir e entender com o sommelier que vinho é uma bebida divertida e despretensiosa, e que, mesmo que você seja como eu – quase analfabeta em bebidas, é possível curtir.

Não há a necessidade de saber detalhes técnicos sobre a lágrima do vinho, sobre a procedência da uva, e tudo mais que envolve esse universo. É preciso apenas uma coisa para começar: GOSTAR!

O meu paladar, por exemplo, é quase infantil! Eu aprendi que gosto dos "vinhos moles", com menos tanino, ou mais adocicados, porque são mais fáceis para degustar. No meu caso. Outras pessoas preferem vinhos mais "machos", incorpados, parrudos, que descem pela garganta como um café amargo.

O que importa, na verdade, é que vinho vai bem com quase todos os pratos, pode ser uma bebida despretenciosa e fácil de se consumir no dia a dia, saudável (desde que consumida com moderação) e acessível. E como recomendou o sommelier nesse encontro: você não precisa ser fiel a ela! Deve provar vinhos novos, marcas novas, até encontrar a sua "personalidade", ou aquilo que disse antes: a que mais se adapta ao seu paladar.

Eu, por exemplo, prefiro as uvas de colheitas tardias, os vinhos brancos, espumantes "brut", e, se for dos tintos, sou do time do Pinot Noir. Por enquanto! Quem disse que eu vou me contentar em parar de conhecer esse novo mundo por aqui?

O sommelier também deu uma dica ótima para pessoas como eu, que estão nessa fase solitária na vida, sem companhia para degustar vinhos: optar por garrafas menores (meia garrafa) e conservá-las em geladeira, por até um dia. Isso significa que serão dois dias de felicidade seguidos, porque desperdício é um pecado, né?

E vocês devem estar curiosos em saber o que eu preparei no jantar, não é? Olha só:

Gosto tanto desse prato, que o repeti em casa, acompanhada de outra taça de vinho deliciosa, porque eu sou filha de Deus!

Papardelle com tomates marinados e queijo de cabra

As quantidades não são exatas, essa é a mágica dessa receita. Você pode aumentar ou diminuir conforme o tamanho da sua fome – e a quantidade de pessoas a serem servidas. Para uma boa porção para eu sozinha comigo mesma, usei:

- 100 g de papardelle;
– 10 a 12 tomatinhos sweet grape cortados ao meio;
– ervas frescas de sua preferência: manjericão, orégano, tomilho;
– 1 dente de alho cortado ao meio (para ser retirado no final);
– azeite extra virgem o quanto baste, até cobrir os tomatinhos;
– aceto balsâmico – a metade da quantidade de azeite;
– 50 g de queijo de cabra em lâminas finas;

Corte os tomatinhos ao meio, e coloque-os para marinar com as ervas e o alho. Deixe descansar por umas 2 ou 3 horas. Não coloque sal, porque os tomates vão desidratar, e esse não é o objetivo. Leve um pouco do azeite em que os tomates marinaram ao fogo, em uma frigideira e junte o alho, dourando levemente, apenas para acentuar o sabor do azeite. Retire e dispense. Cozinhe a massa até ficar "al dente", junte ao azeite e acrescente os tomatinhos já marinados, um pouco da marinada (para fazer um leve molhinho) e finalize com o queijo, salpicando as lâminas no prato, na hora de servir. Uma pimentinha do reino moída na hora também vai muito bem!


E assim a gente vai degustando a vida – e um montão de coisas boas que há nela para aproveitarmos!

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