Se na semana passada eu falei um pouco sobre um estilo de cerveja que eu não gosto muito (mas que como sorvete, ficou incrível), nessa semana vou falar sobre um dos meus rótulos favoritos:

A Tripel Karmeliet

Essa cerveja belga do estilo Belgian Tripel, com 8% de álcool, é maravilhosa. Produzida pela família Bosteels, responsável pelas famosas Kwak, e a cerveja feita pelo mesmo método de Champagne, a DeuS. Para essa cerveja, o herdeiro Antoine Bosteels usa uma receita de 1679 pertencente a um monastério carmelita, que leva três grãos diferentes: aveia, trigo e cevada. Além dos três grãos, ela é temperada com cascas de laranja e sementes de coentro, e usa uma levedura que lhe confere toques bastante condimentados.

(a garrafa é tão linda, que eu uso as minhas vazias pra servir água)

Você não deve bebê-la tão gelada. O ideal é retirá-la da geladeira alguns minutos antes de servir, para que você possa sentir todos os aromas e sabores que ela pode proporcionar.

Logo ao colocá-la no copo, você verá a linda cor levemente acobreada, junto de uma espuma bem densa. Olha só:

Ao degustar, eu sempre encontro um aroma incrível, que me lembra banana, laranja e damasco seco. Também sinto um leve aroma de baunilha.

Assim que você a coloca na boca, uma explosão de sabores: inicialmente adocicada, condimentos diversos, sabor que lembra uma geléia ou compota cítrica, uma lembrança de damasco e caramelo… um sabor final mais amargo do que o adocicado inicial. Muito, muito complexa.

Para harmonizar, dessa vez fomos com brie e uma geléia de mel com carambola,  limão, gengibre e cachaça (ufa!), frenética, que criamos aqui.

E ficou fantástico! O sabor cítrico da cerveja cortava a untuosidade do brie, e a geléia de carambola, limão e cachaça combinava perfeitamente com o caramelo presente no sabor da cerveja. Daria pra passar uma tarde inteira, só brincando com essa harmonização.

Que tal tentar uma cerveja belga (ou, se você for sortudo, uma Tripel Karmeliet) neste fim de semana?