Taí uma cerveja que poderia ser, facilmente, minha cerveja do dia-a-dia. Um grande prova de que os americanos sabem mesmo fazer cervejas espetaculares.

A Samuel Adams é uma das principais marcas de cerveja artesanal dos Estados Unidos. O nome da cervejaria, fundada por Jim Koch, é uma homenagem ao político Samuel Adams, que foi um dos grandes promotores da independência do seu país, e possivelmente a ele se deve a constituição do Tea Party, de Boston, que lutou para derrubar o monopólio do chá, detido pela metrópole britânica. A perseguição que ele sofreu deu origem às primeiras faíscas que resultaram na Guerra da Independência, com ele tendo prestado valorosos serviços à causa das colônias rebeldes. Samuel Adams, dizem, era um cervejeiro.

A Boston Lager foi a primeira cerveja da cervejaria. Em 1984, Jim decidiu produzir comercialmente uma receita que teria sido de seu tataravô, bastante diferente dos padrões da época. E deu bastante certo: Seis semanas depois de ser lançada, a Boston Lager foi eleita a melhor cerveja dos Estados Unidos no Great American Beer Festival.

O sabor é fantástico, bem complexo, mas com nenhuma nota mais agressiva ao paladar. Ela tem notas de caramelo, vindos do malte utilizado, e aromas cítricos, vindos do belo lúpulo da receita. O amargor dela é bem gostoso, que faz com que a cerveja seja daquelas pra se beber uma garrafa inteira sem nem notar. Os marketeiros deveriam tomar uma dessas antes de falar de “bebabilidade” (que palavra feia!)

Dessa vez, a harmonização foi com hambúrgueres. Daqueles pequeninos, com a carne alta, mas sem muitos recheios, pra não desmontar na mão. Pão, pesto, hambúrguer alto, queijo, fatia grossa de tomate, um pouquinho de sal e azeite. Fim. A combinação ficou perfeita, com o cítrico da cerveja cortando a gordura da carne. O amargor cortando o sal da carne e do pesto, fazendo você ter vontade de mais uma mordida o mais rápido possível. Uma outra ideia de hambúrguer você pode ver aqui.

Um clássico americano, sem dúvida!