Mais um dia, mais uma cerveja que as pessoas lindas lá do Clubeer, me mandam pra eu pensar na harmonização. Dessa vez, um rótulo do estilo Saison, feito aqui no Brasil, com a união de duas cervejarias, a 2Cabeças e a Invicta.

Saison é um estilo criado por fazendeiros da Valônia, região de língua francesa na Bélgica. Era um ítem básico da mesa deles – refrescante, estimulante e nutritiva – tão importante quanto leite ou pão.

Saison é uma palavra francesa que significa estação (do ano), e dá nome a um estilo cujas cervejas eram fabricadas para serem guardadas e degustadas alguns meses (ou estações) depois. As Saison eram fabricadas no inverno (evitando as altas temperaturas, pois ainda não havia equipamentos de refrigeração), para serem consumidas na época da colheita, no verão e no início de outono. Além de matar a sede, elas eram uma ótima fonte de renda para os fazendeiros na entresafra.

Costumam ser cervejas bem complexas, refrescantes, mas com aromas e sabores condimentados, interessantíssimos para se usar numa harmonização.

Como eu disse, a Saison à Trois é o fruto de um projeto de duas cervejarias nacionais, muito bem executado, por sinal. A cerveja é incrível, o cuidado com o rótulo e com a história toda foi muito legal. Eles criaram um “menáge literário”, que você pode conferir aqui, no site do projeto.

A harmonização foi muito fácil: Meatball Sub, o sanduíche americano de almôndegas e molho de tomate. A cerveja tem um sabor cítrico, junto de acidez muito interessante, que combinava muito bem com o molho de tomate, ao mesmo tempo “limpando” o paladar da gordura das almôndegas. Isso fazia que cada mordida no sanduíche parecesse a primeira vez. Adoro quando isso acontece!

Para se fazer um bom Meatball Sub, você precisa de três coisas, nada mais: um bom pão (eu usei umas ciabattas lindas que a padaria daqui pertinho faz), um molho de tomate incrível (eu usei esse aqui) e, obviamente, de almôndegas perfeitas. As minhas, eu fiz usando o seguinte:

• 400 gramas de carne de boi moída;
• 400 gramas de carne de porco moída (eu comprei pernil e processei em casa);
• 3/4 de xícara (chá) de leite integral;
• 1 xícara (chá) de pão italiano picadinho;
• 2 ovos grandes batidos;
• 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado;
• 1 cebola média picada;
• 2 dentes de alho amassados;
• 1/2 xícara de salsinha picada;
• 1/4 de colher (chá) de pimenta caiena;
• 1/2 colher (chá) de páprica picante;
• 1 colher (chá) de sal;
• 1 colher (chá) de pimenta do reino moída na hora;
• óleo para fritar as almôndegas.

Você deve começar deixando o pão italiano de molho no leite por uns 15 minutos. Depois que o pão absorver todo o leite, junte todos os ingredientes, amassando bem, até formar uma massa bem uniforme.

Faça as bolotas, com um tamanho médio (pense num limão tahiti, por exemplo) e leve-as à geladeira por meia hora (dá tempo de fazer o molho de tomate enquanto isso!). Frite-as no óleo não muito quente, para dar tempo de elas cozinharem bem por dentro, antes de dourarem.

Se você aguentar não comê-las assim que estiverem prontas, faça o meatball sub, montando-o com umas três almôndegas na ciabatta, cobrindo com bastante molho e, por cima de tudo, um pouco de queijo gruyére. Derreta o queijo no forno, ou seja mais arrojado, como eu fui!

É só servir, de preferência com uma boa cerveja Saison. Será uma senhora aula de harmonização de cervejas!

Tem um lugar aqui perto, muito bom de se passar uma tarde de sábado: Uma galeteria.
Telões com todos os jogos de futebol, garçons muito gente boa, cerveja no ponto e, obviamente, o galeto, que é impecável.

Só que o que eu mais gosto quando vou lá é uma salada de palmito. Você vai me dizer: “Pô Leandro, você tá de brincadeira, salada de palmito não tem como ser ruim”.
Mas a de lá é realmente especial, por um motivo só.

Antes de servir, o garçom joga por cima de tudo um alhinho frito, crocante na medida, que é sacanagem!

Foi num dia desses, em que lembrei de lá da galeteria querida, que resolvi fazer salada de palmito por aqui. Dei uma turbinada, e vou ser obrigado a dizer que superei o mestre!

Dá até vergonha de ter a pretensão de ensinar como se faz uma salada dessas, mas é que ela é tão épica que vocês têm que fazer por aí!

Ela só tem um segredo: Os ingredientes têm que ser os melhores. Pra fazer, você vai usar o seguinte:

• 1 vidro (300 gramas) de palmito pupunha do mais macio que você puder comprar;
• Algumas folhas de rúcula, não a hidropônica de supermercado, mas aquelas mais ardidas e rústicas, de feira;
• Uns 100 gramas de azeitonas pretas bem gordinhas;
• Uma colher (sopa) de alho frito;
• Raspas de um limão siciliano;
• Azeite dos bons;
• Flor do sal (ou sal comum mesmo, vai) a gosto.

Corte os toletes de palmito em diagonal, no sentido do comprimento. Lave bem as folhas de rúcula, tirando os talos.

Monte conforme a foto, cobrindo com um fio de azeite e salpicando o alho, as raspas de limão e a flor do sal.

Eu poderia até dizer que essa salada é pra duas pessoas, mas se você for igual eu, comerá sozinho!

O Cozinha Pequena esteve recentemente em Maceió (Alagoas) a convite da Coca-Cola.

Além de conferir as belezas naturais da capital alagoana, aproveitar o solzinho e o calor humano do povo alegre e acolhedor do Nordeste brasileiro, eu e o Leandro acompanhamos nossos amigos da rede de blogs Viva Positivamente  e seus convidados à fábrica verde da marca.

(Foto do camarada Renato Guimarães, do http://verborium.wordpress.com/)

Uma fábrica verde (para quem não sabe) é uma unidade sustentável com estrutura montada de modo a aproveitar recursos naturais. A unidade de Maceió é totalmente construída dentro dos padrões do Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações que tem por intuito incentivar a transformação dos projetos, as edificações e operações – sempre com foco na sustentabilidade.

As empresas certificadas com o selo LEED possuem benefícios econômicos, ambientais e sociais e são acompanhadas por rigorosos padrões de qualidade. Desde a escolha do terreno com proximidade do comércio, de modo a incentivar os colaboradores a deslocarem-se a pé ou de bicicletas e ajudar na redução dos níveis de emissão de gases tóxicos; o uso de iluminação natural com telhas translúcidas e sistema de ventilação; sistemas de captação e reuso de águas do processo produtivo para irrigação e até equipamentos de controle de poluição fazem parte das especificações da planta industrial alagoana da Coca-Cola.

Um dos pontos altos da visita à fábrica foi a conversa via Skype entre o VP de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil, Marco Simões, e os blogueiros. Foram destacados no bate-papo os pilares de segurança, limpeza, controle de qualidade e sustentabilidade que iniciaram o processo sustentável de novas fábricas, que assim como a unidade de Alagoas, seguirão os preceitos do LEED.

São três as linhas de produção na fábrica verde (garrafas PET, vidro e latas) e os processos são automatizados, havendo contato de pouquíssimos funcionários durante a fabricação. A projeção para os próximos anos é de diminuir o consumo de água no processo fabril em todas as etapas (da água utilizada na bebida, àquela destinada a limpeza) para 1,5 litros de água utilizados por litro de bebida produzida.

Comprometida com o bem-estar ambiental, a economia de água e luz, o tratamento dos resíduos e as embalagens pós-consumo, a Coca-Cola é um grande incentivo à transformação social. "Aumentar a educação do consumidor, assegurar o aumento do valor do PET já consumido e incentivar as cooperativas de reciclagem na melhoria de renda, além da capacitação dos funcionários e o aumento da produtividade das pessoas envolvidas no processo de reciclagem também é preocupação da Coca-Cola. É dar vazão do entendimento real deste insumo precioso que são as embalagens já utilizadas.", explicou Simões ao grupo de blogueiros. O grupo mostra que pode mudar a vida da sociedade através de ações comunitárias que fazem parte de diversos de seus projetos especiais.

A fábrica de Maceió faz parte da gigante Solar Br, nascida da fusão das companhias Norsa, Renosa e Guararapes. É uma das quinze maiores engarrafadoras de Coca-Cola no mundo e a segunda maior engarrafadora do Sistema Coca-Cola no Brasil, e a maior com capital nacional. Emprega 15 mil funcionários em 13 fábricas, 34 centros de distribuição (26 fora das fábricas e 8 dentro das fábricas) e 324 mil pontos de vendas. As fábricas nas cidades de Suape, duas unidades em Maceió (uma de água), João Pessoa, Macaíba, Arapiraca, Petrolina, Salvador, Vitória da Conquista, Maracanaú (CE), São Luís, Teresina e Várzea Grande. O nome do grupo foi escolhido por ser fácil de pronunciar, e principalmente por remeter às boas coisas da vida (o vídeo institucional da Solar é tão lindo e de um texto tão perfeitamente humano que tive vontade de assistir novamente!).

Nunca tive dúvidas de que a marca Coca-Cola é sinônimo de positividade, otimismo e felicidade, valores estes, levados também ao mundo corporativo. Sobre a visita – de uma coisa tenho certeza: o amor à marca é visto e sentido em cada etapa do processo que compõe a bebida mais querida de todos os tempos.

Para saber mais sobre o processo de fabricação e engarrafamento da Coca-Cola, é só ver o vídeo abaixo. Ficou bem legal e termina com um convite: Visite uma das fábricas da Coca-Cola! Elas estão abertas, aguardando vocês!

Estou aqui na frente do computador pensando alguma maneira diferente de começar esse texto sem usar o clássico “é pá vê ou pá cumê“. Ficaria com vergonha de começar um texto de uma receita tão gostosa usando esse truque barato (e tosco).

Ops… já usei a maldita piadinha! Foi mal gente, eu não tenho jeito mesmo.
Vamos falar da receita. É melhor, né?

A receita é bem descomplicada, como qualquer receita pavê deve ser. O diferencial é fazer um chantilly de chocolate branco. Isso, combinado com os morangos macerados e um leve toque de conhaque, transforma esse pavê em algo pecaminoso.

Comece separando o seguinte:

• 1 pacote (de 150 gramas) de biscoito champanhe;
• 250 gramas de morangos fatiados;
• 6 colheres (sopa) de açúcar;
• 1 xícara (chá) de leite integral;
• 2 colheres (sopa) de conhaque;
• 1 pote de 350 gramas de nata (ou a mesma quantidade de creme de leite fresco) gelada;
• 1 barra de chocolate branco.

Pra fazer o chantilly de chocolate branco, você deve fazer, inicialmente, uma ganache: derreta todo o chocolate no microondas, em potência média-baixa, tomando cuidado para ele não queimar.

Assim que ele estiver derretido, acrescente duas colheres de nata (ou creme de leite) e mexa bem. O chocolate derretido vai ficar numa outra consistência, e não vai endurecer mais. A ganache está pronta!

Agora, junte duas colheres de açúcar ao restante da nata e leve à batedeira, batendo bem até obter chantilly. Assim que a ganache estiver fria, junte-a cuidadosamente ao chantilly.

Muito importante: tome cuidado para não queimar a largada, parar a receita e já querer comer só isso.

Macere os morangos, juntando à eles três colheres de açúcar e deixando-os descansar por uns 15 minutos.

Junte o leite, o conhaque e a colher de açúcar restante.

Monte o pavê, em uma daquelas assadeiras de vidro, ou com o auxílio de um aro de metal, como eu fiz. Comece com uma base de biscoitos, que devem ser levemente molhados na mistura de leite e conhaque. Cubra com o chantilly de chocolate branco e depois com uma camada de morangos.

Repita, até terminar em uma linda camada de morangos. É só levar pra gelar um pouquinho e servir!

Se você for como eu e quiser fotografar pra colocar no instagram, vai ter que correr, pois esse doce é daqueles que somem em segundos!