Essa cerveja foi um desafio pra mim (muito prazeroso, por sinal).

Ao mesmo tempo em que ela tem um amargor intenso e aromas muito interessantes, ela é bem pouco alcóolica. Isso me fez quebrar um pouco a cabeça, na hora de propor uma harmonização.

A Meantime é uma cervejaria britânica, localizada em Greenwich, Londres, e tem a honra de ser a única cervejaria inglesa premiada consecutivamente nas 3 últimas edições da World Beer Cup.

A ideia da Meantime é produzir cervejas com estilos clássicos, já consagrados, que fizeram parte da história da Inglaterra, mas utilizando toda a tecnologia disponível atualmente, obtendo cervejas bem elegantes.

A Yakima Red é uma Amber Ale inglesa, produzida com 5 tipos de lúpulo diferentes, vindos diretamente de Yakima, região produtora nos Estados Unidos.  Lançada primeiramente numa edição limitada, ela fez tanto sucesso que voltou como parte da linha de produção regular da Meantime.

Eu recebi essa cerveja dos meus chapas do Clubeer, e me apaixonei: Ela é um show, com sua cor avermelhada, parecendo rubi, um aroma com notas de malte, cítricas como maracujá e florais. No sabor, um amargor delicioso, junto de algo levemente cítrico. Uma cerveja deliciosa! (Aproveita e dá uma olha na outra cerveja ‘Classe A’ que eles me mandaram)

Eu tinha que ir pra cozinha criar alguma coisa pra combinar com essa cerveja.

Pensei bastante e cheguei nessa bruschetta. Todos os sabores se complementaram, criando uma experiência incrível!

Fiz a bruschetta assim:

• um pão italiano cortado em fatias grossas;
• cerca de 100 gramas de presunto crú fatiado;
• um pedaço de queijo brie com uns 100 gramas;
• 3 tomates italianos bem vermelhos;
• Algumas folhas de rúcula fresquinha;
• 2 colheres (sopa) de azeite extra virgem, mais um pouquinho para dourar as fatias de pão;
• 1 colher (chá) de vinagre de maçã;
• 1 colher (chá) de água;
• Pimenta do reino a gosto;
• Sal à gosto.

Comece retirando as sementes dos tomates e picando-os em cubinhos. Deixe esses cubinhos pra marinar com o azeite, o vinagre, a água e a pimenta do reino, por uns 30 minutos.

Enquanto isso, doure as fatias de pão em uma frigideira com alguns fios de azeite.

Coloque um pouco do tomate marinado por cima das fatias de pão, depois disponha umas duas ou três fatias de presunto crú por cima do tomate, e cubra com algumas fatias de queijo Brie.

Mais um pouquinho de pimenta do reino por cima de tudo, e você pode levar ao forno alto, por uns 10 minutos.

Sirva junto de algumas folhas de rúcula bem verdinhas!

Sirva com a Meantime Yakima Red e prepare-se para os sorrisos!

Cerveja com pimenta. Dá pra acreditar?
Pois acredite, elas existem, e são deliciosas! São bem aromáticas, com um apimentado bem interessante. E, a Coruja Labareda não foge dessa regra!

Recebi uma belezinha dessas junto com um dos incríveis kits de cervejas do meus camaradas do CluBeer.

O CluBeer é um Clube de Cervejas Especiais por assinatura, criado por apaixonados por cervejas especiais, pensando na difusão da cultura cervejeira no Brasil e na possibilidade dos melhores rótulos serem disponíveis para um público cada vez mais amplo.

São 4 sommeliers de cervejas que estudam oportunidades e buscam pelos melhores rótulos da indústria nacional e internacional para surpreender os associados do CluBeer a cada mês, levando para suas casas não só as cervejas, mas toda a experiência e conhecimento que resultarão em momentos memoráveis. Você escolhe um plano que mais se encaixa ao seu estilo pelo tempo que quiser e recebe as cervejas em casa! Legal, né?

Voltando à cerveja, a Coruja é uma cervejaria que ganhou vida em 2004 e, desde então, alçou voos bem altos de sua Toca, no Rio Grande do Sul, para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. O nome foi escolhido por indicar um animal de hábitos noturnos e associado à sabedoria. Por isso, todas as garrafas levam a sensacional inscrição: "beba com sabedoria".

Desde 2010, a produção ocorre na cidade de Forquilhinha (SC), com 18 a 20 mil litros mensais. E a Labareda é um dos lançamentos da marca, na sua linha Fora de Série.

A Coruja Labareda é uma cerveja com uma receita inspirada no estilo Kellerbier, que leva malte Vienna defumado e tem também pimenta da variedade Capsicum Frutescens (aquela do molho Tabasco) na composição.

Começa com um aroma defumado, que também está no sabor. No começo, você nem sente a pimenta. Mas, passados alguns segundos depois do primeiro gole, já dá pra sentir um calorzinho! Uma sensação fantástica, com sabores que combinam bem com a receita que eu fiz pra harmonizar: Uma torta de linguiça toscana com catupiry. Preciso dizer que ficou frenético?

Pra fazer a torta, vai ser assim:

Massa:

• 4 ovos;
• 1 xícara (chá) de azeite;
• 1 e 1/2 xícara(chá) de leite;
• 1 pacote de 50 gramas de queijo parmesão ralado;
• 2 xicaras (chá) de farinha de trigo;
• 1 colher (sopa) de fermento em pó;
• sal a gosto.

Bata todos os ingredientes no liquidificador, até ficar uma massa homogênea. Reserve.

Recheio:

• 5 gomos de linguiça toscana;
• 3 tomates sem pele e sem sementes picados;
• 1 cebola média picada;
• 1/2 xícara (chá) de azeitonas verdes, sem caroços, picadas;
• 1/2 xicara de bacon picado;
• 200 gramas de catupiry;
• cheiro verde picado;
• sal, pimenta do reino e orégano à gosto;
• mais um pacote de 50 gramas de queijo ralado, para cobrir a torta;
• manteiga e farinha de rosca para untar a forma.

Ferva os gomos de linguiça por alguns minutos. Tire a pele e pique bem.

Frite o bacon e reserve.
Na gordura do bacon, frite a cebola. Acrescente a linguiça picada e frite até ficar bem douradinha.

Acrescente os tomates, as azeitonas, o cheiro verde, e os temperos e refogue tudo por alguns minutos. Desligue o fogo e misture bem o caturpiry. Reserve

Unte uma assadeira retangular média com manteiga e farinha de rosca.
Acresente metade da massa e espalhe bem. Coloque o recheio bem espalhado e cubra com a outra metade da massa (utilize uma colher para espalhar bem).

Cubra com queijo ralado e os pedacinhos de bacon fritos.

É só assar por 35 minutos em forno médio (180 graus) e servir, junto com a cerveja!

Quem disse que harmonização de cervejas com comida precisa ser complicada?

 

 

 

Vou começar a publicar um hamburguer por mês aqui.
Fala sério: Acho que essa foi a melhor notícia que esse site já deu, desde a sua criação!

A ideia é tentar criar coisas novas e evoluir no preparo… Eu tenho muita vontade de abrir um negócio de hamburgueres, e esse será um bom (e delicioso) treino!

O desse mês é um que já é clássico aqui em casa:

Pão + sour cream (a receita tá aqui) + dois hamburgueres + molho de cerveja (a receita é essa) + bacon crocante + tomates.

Eu gosto bastante de hamburgueres altos, mas neste caso, eu prefiro usar dois mais fininhos, para eu poder espalhar mais molho por cima de ambos. E, por que o efeito visual fica bem bonito.

O meu hamburguer é só de carne. Fui evoluindo com o tempo e passei a preferir fazer assim. Gosto de usar acém ou fraldinha moídos, passados na máquina uma só vez, com gordura e tudo. A gordura é muito importante, ela vai saborizar e dar umidade à carne.

E, já que hamburguer é uma comida impossível de ser light, melhor desencanar de pensar na parte nutricional da coisa.

É só moldar a carne moída em discos com cerca de 120 – 150 gramas (dependendo do tamanho do seu pão), levar para a frigideira bem quente, selar dos dois lados e já era! Daí montar, sempre colocando molho de cerveja por cima da carne.

Entre os dois burguers, coloque umas 4 fatias bem fininhas de bacon frito, e por cima do segundo, coloque duas fatias grossas de tomate.

O sour cream vai dar uma equilibrada nos sabores, e vai substituir o queijo neste caso. Portanto, dê aquela caprichada na quantidade, colocando-o por cima de tudo e está pronto pra servir!

 Já tô ansioso pro próximo mês!

Sour cream? O que é isso?
Manja aquele molhinho branco, um tanto quanto azedinho, que você sempre gosta nos restaurantes mexicanos? Então, isso é sour cream.

Tá bom, Leandro. Não explicou nada!

Na verdade, sour cream, ou creme azedo, é uma das milhares de coisas que dá pra se fazer com leite: é o creme de leite que passou por fermentação devido à adição de algum ácido.

Creme azedo é um ótimo acompanhamento pra qualquer carne… eu mesmo coloco isso numa receita de hamburguer, junto com aquele molho de cerveja.

Gosto de fazer com nata, ao invés de creme de leite fresco. Pra mim não é tão difícil de achar, dá um resultado sensacional e o melhor: custa bem baratinho. Eu uso essa daqui:

A diferença da nata para o creme de leite fresco é o teor de gordura. Enquanto o o creme de leite tem cerca de 35% de gordura, a nata tem de 45 a 50%. E isso faz uma diferença frenética. Olha só a textura da dita cuja:

Enfim… dá pra fazer com ambos. Basta misturar creme de leite com suco de limão e você terá creme azedo. Mas, se puder fazer com nata, saiba que ficará melhor.

Mas, melhor ainda, é fazer desse jeito que eu faço. A ideia é transformar o creme azedo em um chantilly salgado. E não tem segredo nenhum pra isso!

Pegue cerca de 1 xícara de chá de nata, ou creme de leite fresco gelados, adicione uma colher de sopa de suco de limão e coloque tudo em uma vasilha de metal.

Pegue um outro recipiente maior, em que caiba a vasilha de metal com creme de leite e coloque algumas pedras de gelo e água.

Coloque a vasilha com creme de leite ali dentro e bata bem com um fouet, até dar o ponto de chantilly, mais ou menos assim:

É só pegar esse creme, adicionar um pouquinho de sal e servir. E ver todo mundo se surpreendendo com a textura, que é fantástica!

Bolo de fubá? De novo?
Calma, gente! Esse é (bem) diferente!

Bolo de fubá é um dos meus bolos favoritos, então eu sempre penso em variações. E, num desses pensamentos, me veio a cabeça fazê-lo com bastante queijo. Daí, a gula falou mais alto e eu acabei incluindo coco ralado na receita.

E não é que ficou fantástico? Olha só a cor:

Pra fazer, foi bem fácil, desse jeito aqui:

• 2 xícaras (chá) de açúcar cristal;
• 4 ovos;
• 1/2 xícara (chá) de óleo de milho;
• 1 xícara (chá) de fubá;
• 1 xícara (chá) de farinha de trigo;
• 1 xícara (chá) de leite;
• 150 gramas de queijo minas padrão ralado;
• 50 gramas de coco ralado em flocos;
• 1 colher (sopa) de fermento químico;
• um pouquinho de manteiga para untar a forma;
• um pouquinho de açúcar de confeiteiro para cobrir;
• mais 1 xícara (chá) de leite com 1 colher de açúcar dissolvida, para molhar o bolo (opcional).

Peneire o fubá e a farinha, reservando-os.

Leve os ovos e o açúcar para a batedeira, batendo até obter um creme bem clarinho. Adicione o óleo e bata por mais dois minutos.

Vá acrescentando a mistura de farinha + fubá e o leite, alternando-os, de pouquinho em pouquinho.

Adicione o queijo ralado e o coco e bata mais um pouquinho para tudo se agregar. No final, coloque o fermento e bata por mais 30 segundos.

É só colocar numa forma de furo central e levar para assar em forno pré-aquecido a 180 graus, por uns 40 minutos, ou até o teste do palito mostrar que o bolo está assado.

Eu gosto de molhar bolos com a massa mais pesada assim. Pra isso, eu uso uma xícara de leite com uma colher de açúcar, molhando o bolo antes de servir. Não tem quem não goste de bolo molhadinho, vai?

Por fim, é só cobrir com um pouco de açúcar de confeiteiro e se preparar pros pedidos de mais!

 Se esse bolo durou 15 minutos no café da manhã, foi milagre!

 

Esse molho é incrível: Bem fácil de fazer, bem saboroso e acompanha qualquer carne vermelha. Como um hamburger tipo esse aqui:

De chorar, não?

Como eu disse, o molho é bem fácil de fazer. Você vai precisar do seguinte:

• 1 lata de cerveja preta;
• 1/2 cubinho de caldo de carne;
• 1 colher (sopa) de maizena;
• 1 colher (sopa) de manteiga.

Coloque quase toda a cerveja numa panela pequena, reservando um pouquinho para dissolver a maizena. Junte o caldo de carne e a manteiga. Leve ao fogo, até a manteiga derreter e o caldo se dissolver.

Dissolva a maizena no pouquinho de cerveja que você reservou e coloque essa mistura na panela. Deixe ferver tudo por alguns minutos, sem parar de mexer, até engrossar bem. A ideia é reduzir o líquido, engrossando com a maizena.

Assim que tiver o molho bem espesso, é só servir, de preferência com um hamburger tipo aquele ali de cima.

Aliás, que tal começar uma série sobre hamburgeres por aqui? Vocês iriam gostar?