Muito embora eu deteste calor, eu gosto bastante de praia.
Parece (é) contraditório, mas a verdade é que eu adoro ir para uma praia bem calma, com pouca gente, e sentar numa sombra, numa boa, vendo o dia passar.Costumo ir à uma praia, em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. Ela é um tanto quanto deserta, pois você precisa pegar uma trilha pra chegar e, estando lá, não tem muita opção para comer e beber. Ou seja: Você tem que fazer uma farofada, levar comida e bebida para passar o dia.

Eu gosto de levar um cooler cheio de gelo, cervejas, água e caipirinha já pronta. Pra comer, em geral, levo alguns poucos queijos e frios.

Tudo isso pra falar que da última vez, antes de ir pra praia, passei em um supermercado e comprei um pouquinho dum rosbife lindo, sem perguntar o preço. Ao passar no caixa, a surpresa: algumas poucas fatias custaram quase R$ 30,00, pois o preço do quilo estava na casa dos R$ 200,00. Isso mesmo, duzentas pratas por um quilo de rosbife! Os caras perderam a linha, não é possível!

Fiquei com aquilo martelando na cabeça, me achando um tonto por ter pago tão caro em algo tão simples de se fazer. Resolvi fazer o meu próprio rosbife: Uma vez por semana eu faço essa receita, bem fácil, pra eu poder comer rosbife na hora que eu bem entender. Problema resolvido!

Pra fazer, você precisa do seguinte:

• 1 pedaço de carne (lagarto é a ideal), bem limpo, livre de gordura, com mais ou menos 1 kg;
• 3 colheres (sopa) de azeite;

Duas colheres (sopa) de cada um dos temperos:

• Pimenta do Reino em grãos;
• Pimenta da Jamaica em grãos;
• Cominho em sementes;
• Páprica picante;

Uma colher (sopa) de cada um dos temperos:

• Mostarda clara em grãos;
• Mostarda escura em grãos;
• Sal.

Comece selando a carne, em fogo bem quente, como ensinamos aqui.

Enquanto isso, coloque todos os temperos em um pilão e amasse bem, fazendo um mix de temperos.

Após a carne estar selada, grude os temperos em volta dela, enrole-a com um papel alumínio bem apertado e leve-a ao forno por cerca de 20 minutos, à 250 graus.

Deixe a carne descansar na geladeira por uns dois dias antes de comer. Sirva em fatias bem finas, ou em um sanduíche com bastante salada, ou então leve pra praia, igual eu!

Quem disse que farofar na praia não pode ter estilo?

Desde o começo, essa parte do site em que eu falo sobre cervejas nunca teve a intenção de parecer um curso técnico, ou um apanhado geral sobre assuntos que já foram aboradados à exaustão por aí. Só faria algo assim se vocês pedissem. Só que, dessa vez, terei que falar um pouquinho da parte técnica antes de falar das cervejas.

Afinal, você sabe o que é lúpulo?

Todas as cervejas são feitas de 4 ingredientes básicos: Água, malte, lúpulo e levedura.

O lúpulo é a flor de uma trepadeira que cresce em países com clima frio (atualmente é produzida principalmente na Alemanha, Estados Unidos, República Tcheca e Inglaterra) e passou a ser utilizado nas cervejas devido ao seu poder conservante, como fonte de amargor e de aromas.

O amargor vindo do lúpulo serve para contrabalancear a doçura do malte e os seus aromas vão do cítrico ao herbal. Hoje temos mais de 100 tipos de lúpulo no mercado e as cervejas geralmente usam mais de um tipo (conheço algumas com 7 ou 9, como as receitas do chapa Ronaldo Rossi).

Bem… vamos parar de teorizar e vamos beber, que é o que interessa!

Esse é o kit American Pale Ale Single Hop Project, da cervejaria Way Beer, de Pinhais, no Paraná. Essa foi uma iniciativa bem legal e didática da cervejaria: Produzir a mesmíssima cerveja, mas utilizando apenas uma variedade de lúpulo em cada rótulo. A idéia é você provar as três e ir identificando diferenças de aroma e sabor nas cervejas.

São três variedades de lúpulo: Citra, que dá características de frutas tropicais e cítricas, com um amargor um pouco mais presente.

Cascade, que é um lúpulo que confere características florais e condimentadas à cerveja.

E, por último, Amarillo, que, em minha opinião, se resume à Maracujá. Aquele aroma gostoso, um pouco de laranja, um pouco floral, inconfundível.

Todas as cervejas do kit são do estilo American Pale Ale. São mais lupuladas, em comparação às Pale Ales comuns. As da Way são encorpadas na medida, com uma espuma não muito persistente, mas com um sabor delicioso em todas as lupulagens. Eu gostei mais da Citra. Amarillo também foi deliciosa (isso mostra alguma preferência para frutas cítricas?), mas não surpreendeu tanto.

Você já provou? Qual você gostou mais? Se não provou, aproveite, o final de semana está aí pra isso!

O concurso cultural Plus Vita foi um sucesso! Foram muitas receitas recebidas, e-mails engraçados, histórias legais! Hoje, a gente vem anunciar a grande vencedora…

Parabéns, Maria Rita Tavares!

Não foi fácil escolher, mas sua receita foi a escolhida e conforme a gente combinou, nós a reproduzimos. Foi um sucesso aqui em casa!

Uma lasanha de pão de forma pode parecer a gordice das gordices… mas na verdade é uma solução gostosa, baratinha e rápida pra fazer um almoço mais especial.

Fizemos conforme a Maria Rita ensinou:

• 1 embalagem de pão de forma;
• 300 g de presunto fatiado;
• 400 g de queijo mozzarela ralado;
• 100 g de manteiga amolecida;
• 4 ovos;
• 400 ml de creme de leite fresco;
• 4 colheres (sopa) de polpa de tomate;
• 1 pitada de noz-moscada;
• Sal a gosto;
• Pimenta a gosto;
• 1 pacote de parmesão ralado.

Numa tigela, misture a manteiga com a polpa de tomate até ficar uma pasta lisa. Torre as fatias de pão e unte-as, só de um lado, com a pasta.

Unte uma forma de louça ou pirex com o resto da pasta, colocando de seguida camadas alternadas de pão, fatias de presunto e de queijo, sendo que a última camada deve ser de queijo.

Numa tigela, misture os ovos com o creme de leite fresco, tempere com sal, pimenta e noz-moscada e mexa bem. Derrame sobre os ingredientes no tabuleiro e polvilhe com o queijo parmesão ralado.

Leve ao forno pré-aquecido a 180°C durante cerca de 20 minutos, até dourar bem. Retire e sirva quente.

A Maria falou e a gente confirma: Fica uma delícia!

Feche os olhos.
Agora, imagine um chocolate belga, bem amargo, em forma líquida.

Conseguiu imaginar?

Então já dá pra você ter uma noção do sabor da fantástica Wäls Petroleum.

A cerveja é fruto de uma coisa muito legal que aconteceu no ramo cervejeiro esse ano: A parceria de uma microcervejaria, a Wäls (de Minas Gerais) com uma cervejaria caseira a Dum Cervejaria (do Paraná).

Ela é uma legítima representante dum estilo com uma boa história, o Russian Imperial Stout, nascido no início século XVIII pelas mãos dos ingleses. Reza a lenda que os membros da corte da Czarina Catarina II apreciavam as stouts feitas em Londres e sempre voltavam para Moscou com vários barris na bagagem. Para sobreviver à viagem, a bebida era elaborada com alta carga de lúpulo e maltes, o que resultava numa elevação do teor alcóolico, perfeito para ser degustado nos rigorosos invernos russos.

Como boa representante das Russian Imperial Stouts, a Wäls Petroleum é bem encorpada, densa, parece um licor. Tem aromas deliciosos de chocolate belga, café e caramelo. Eu senti um amargor bem alto, vindo dos maltes torrados usados na receita. Aliás, ela é maturada com cacau extra bruto/torrado Belga. O teor alcóolico é bem alto: 12%, pra degustar devagarinho.

A espuma é espetacular:  Muito cremosa e de longa durabilidade. Uma cerveja que confirma o que diz o rótulo: “uma grande descoberta”! Eu faria uma harmonização dela com o mesmo bolo de brigadeiro que já harmonizamos aqui.

Aproveite o fim de semana chegando e faça uma grande descoberta também!

Essa polenta virou hit aqui em casa, principalmente depois que as fiz junto com as sardinhas que postei noutro dia. Ficam crocantes, bonitas, são baratinhas… tem como não curtir?

O engraçado é que eu nunca, nunca, nunca gostei de polenta.

Minha mãe sempre fez em casa, principalmente no tempo das vacas magras… era polenta mole, era polenta de cortar com a faca, era polenta frita… E eu não ligava praquela coisa amarela. Coitada da minha mãe, que tinha que rebolar com o fato de eu ser tão enjoado!

Os anos passaram e um dia, com um montão de fubá comprado pra fazer bolo, eu resolvi fazer uma polenta mole. Fiz, deu muito certo e eu adorei! Dali pra frente, viciei!

Essa é uma das versões que eu faço pra petiscar: Cortada em quadradinhos, empanada e grelhada. Dá pra acompanhar qualquer botecagem, numa boa!

Pra fazer, é assim:

• 2 xícaras (chá) de água;
• 1 xícara (chá) de leite;
• 1 cubinho de caldo de galinha;
• 1 xícara (chá) de fubá (há quem fale que com fubá é angú, eu tô nem aí e falo que é polenta!);
• 2 colheres (sopa) de manteiga;
• Farinha de trigo para empanar;
• Azeite para grelhar. 

Ferva a água junto com o leite, a manteiga e o caldo de galinha, que deve dissolver bem.
Quando tiver fervido, baixe o fogo e vá adicionando o fubá aos poucos, sem parar de mexer (de preferência com um fouet). Tome cuidado, pois conforme a polenta vai engrossando, umas bolhas começam a estourar.

Quando engrossar, desligue o fogo e coloque a polenta ainda mole sobre uma assadeira untada ou uma superfície de mármore ou granito. Deixe esfriar bem, e ela estará durinha, boa pra se cortar.

Corte-as do jeito que você preferir (eu gosto de quadradinhos), passe-as levemente pela farinha e leve-as pra grelhar em uma frigideira com um fio de azeite.

Vá controlando a altura do fogo, de forma que você consiga dourar todos os lados dos pedacinhos de polenta.

Assim que estiverem grelhadas, salpique um pouco de sal e de pimenta do reino e sirva. De preferência, com uma cervejinha gelada!

Eu não acredito que perdi tanto tempo sem comer isso!

Quem me conhece, sabe que eu não sou o maior amante de doces do mundo. Sempre falo que quero minha parte de doces em cerveja. Poucos doces realmente me atraem e posso ser levado à Fantástica Fábrica de Chocolates que não vou ficar maluco como a maioria das pessoas ficaria.

Só que como toda regra tem sua exceção, algum gênio da gastronomia inventou a bendita, a maravilhosa, a incrível Torta de morango de padaria!

Aí eu perco a linha: Massa crocante (não pode ser molenga), uma camada de creme de confeiteiro e uma bem generosa de morangos, tudo brilhante, saltando aos olhos. Cara… não tem como não gostar!

Pra fazer uma torta perfeita, você precisa das seguintes coisas, e eu vou ensinar a fazer uma por uma:

1- Massa perfeita

• 300 gramas de farinha de trigo;
• 2 colheres (chá) de sal;
• 2 colheres (sopa) de açúcar; 
• 150 gramas de manteiga sem sal, em cubos;
• 2 ovos;
• cerca de 3 colheres (chá) de água.

Três coisas são bem importantes: peneirar a farinha, o sal e o açúcar juntos, usar a manteiga gelada e em cubinhos e trabalhar pouco a massa, para não desenvolver muito o glúten. É só misturar todos os ingredientes, bem misturados, levar para gelar por meia hora e depois abrir a massa (com as mãos mesmo) em sua assadeira.

Faça alguns furinhos na massa, com o auxílio de um garfo, para evitar que se criem bolhas de ar e ela venha a quebrar.

Leve pra assar até ficar bem dourada (não vou dar o tempo de forno, que pode variar, a cor é o melhor jeito de saber se ela está boa).

2- Creme de confeiteiro perfeito

A gente já ensinou aqui no blog. Faça um bom creme de confeiteiro, você não vai se arrepender. A receita dele está aqui. Uma receita dessas é o suficiente pra sua torta.

3- Morangos perfeitos

Vá na melhor barraca da feira, ou escolha com paciência os melhores do seu supermercado ou hortifruti. Todos eles bem grandes e vermelhinhos, cortados em fatias não muito grossas.

Você vai usar cerca de 400 gramas de morango em sua torta. Eles têm que ser bem bonitos, afinal a apresentação é que faz as padarias venderem tantas tortas assim!

Por falar em apresentação, elas costumam ser brilhantes… culpa do gel de brilho, que as padarias usam! Por isso temos a próxima etapa:

4- Quem não tem cão, caça com gato!

Como eu nunca tenho gel de brilho em casa, eu faço uma gelatina de brilho, que funciona muito bem. É assim:

• 5 g de gelatina sem sabor;
• 200 ml (aproximadamente) de água;
• 65 g de açúcar.

Hidrate a gelatina em um pouco de água fria e dissolva em banho-maria. Separadamente, em uma panela, acrescente o restante da água com o açúcar. Leve ao fogo até começar a ferver. Não mexa a mistura enquanto ferve. Adicione a gelatina e, agora sim, misture tudo. Leve pra gelar até a hora de usar.

5- Montagem da torta

Espalhe o creme por cima da massa, depois monte os morangos em cima do creme, com calma, numa boa, fazendo um desenho bem bonito com eles.

Com a ajuda de um pincel de silicone, passe a gelatina de brilho por cima dos morangos. Assim que a camada de gelatina der uma firmada, passe uma outra “demão” de gel por cima de tudo, leve pra gelar e sirva!

Não sei se é o melhor doce do mundo, mas com certeza está dentre meus top 10!

 

Para você, que como eu sempre faz um estrago ao comer um bolinho desses, fique sabendo: Existe SIM um jeito de se comer cupcake que não resulte em tragédia!

Bora fazer alguns bolinhos pra testar?

Cupcakes de brigadeiro
Bolinhos de doce de leite e Bailey’s
Cupcakes de limão siciliano

Nós estamos curtindo muito as ideias que vocês estão mandando para o concurso cultural. Não se esqueçam, a regra para concorrer ao kit é simples: envie-nos uma receita fácil e prática usando qualquer produto desta linha. A receita ganhadora leva um um kit de produtos contendo pão branco tradicional, integral 9 grãos, light 12 grãos, integral 12 grãos e bisnaguito, todos da linha Plus Vita e será fotografada e publicada pelo cozinha pequena.

Para concorrer ao kit é muito fácil! Você precisa nos enviar uma receita usando qualquer produto desta linha. A única regra é que ela seja fácil, prática e, claro, gostosa! A receita ganhadora leva o kit, e será publicada e fotografada pelo cozinha pequena.

Para inspirá-los, mais uma de nossas sugestões: Sonhos com Bisnaguito Plus Vita. Olha que delícia! E o melhor: São muito fáceis de se fazer!

Frite as bisnaguinhas em óleo de canola bem quente, rapidamente, por imersão, até dourar. Depois de fritos, deixe escorrer em papel absorvente – eles ficam muito sequinhos! – e corte-os ao meio e recheie com creme de confeiteiro ou com doce de leite misturado com coco.

Ou as outras opções que você mais gostar, como brigadeiro, creme de chocolate, creme de café. Reserve.

Na hora de servir, salpique açúcar de confeiteiro misturado com canela em pó (as proporções são do seu gosto, mas nós usamos 1 xícara de açúcar para duas colheres de sopa de canela em pó).

Inspirações não faltam! Mande agora a sua receita e participe!