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Sonhos!

Posted: 26 Apr 2012 04:13 AM PDT

O que eu sei sobre sonhos, é que eles são de origem alemã, onde surgiram com o nome de krapfen, uma massa doce fermentada, frita e recheada com geleia de alguma fruta vermelha e polvilhado com açúcar ou até em uma versão mais simples, apenas polvilhado com açúcar.

Acho que a partir daí, cada país criou uma versão similar e colocou outro nome, como os americanos chamando de doughnuts e cortando a massa em forma de anel ou os portugueses chamando de bola de berlim e recheando com creme de confeiteiro. Num belo dia, acho que algum brasileiro gênio pegou essa versão dos nossos trutas portugueses, e trocou o nome por sonho, o que na minha opinião, tem tudo a ver com o pãozinho.


O  que eu sei também, é que eu gosto muito de sonhos! Quem não tem na memória alguma ida à padaria, vendo aqueles sonhos lindos e bem recheados, todos reluzentes dentro do balcão? Mas na minha memória, os sonhos parecem melhores do que eles são hoje em dia. A maioria deles (pra não dizer todos), são feitos com aquelas misturas pré-preparadas para creme de confeiteiro. Ok, eles são uma mão na roda para grandes comércios. Mas para mim, não tem nem comparação com um bom creme de confeiteiro preparado em casa.

E desde que fiz sonhos um dia aqui em casa e mostrei uma foto deles para o Lê, eu criei um monstro! O que esse jovem rapaz me encheu os pacová para repetir a receita e ele poder provar dos pãezinhos… até que um dia, acabei cedendo à pressão e refiz os sonhos, mas dessa vez na casa dele, pra não ter mais reclamação! E mais, na volta pra casa, ainda passei na casa da @danyvalente deixando uma marmitinha de sonhos especialmente para ela!

Reserve esse feriadão que está por vir, pra reproduzir esses sonhos em casa. E aproveite, para fazer uma marmitinha para agradar algum vizinho ou um amigo que você goste! :)

Socorro, tenho medo de fritar sonhos!

Fritar sonhos ou qualquer outra massa, não é difícil e não faz sujeira. Ao menos que você resolva fritá-los numa panela pequena e rasa, com a temperatura muito alta ou muito baixa. Você pode ter como resultado, sonhos gordurentos ou crus por dentro, e aí começa a bater aquele ódio mortal de ter tido a ideia de jerico de fritar sonho. E ódio mortal na cozinha, quase que sempre, se resulta em bagunça, sujeira e desastre.


Primeiramente, organize-se: coloque os sonhos já fermentados e prontos para fritar próximos à panela com o óleo, pra não rolar aquele malabarismo de se esticar lá longe pra pegar o sonho e jogá-los de qualquer jeito na panela. Tenha também ao lado, um prato grande forrado com papel toalha, pra escorrer os sonhos depois de fritos. Faça isso ANTES de esquentar o óleo.

Tenha em mente que você deve fritá-los em uma panela grande e funda. Encha a panela com óleo (nem pense em óleo de soja, use algum óleo neutro, como milho, canola ou girassol), mais ou menos uns 5 dedos. Se você tiver um termômetro de cozinha, a temperatura correta para fritá-los fica entre 175ºC e 180ºC. Se não tiver o termômetro, aquela técnica de vó de jogar um palito de fósforo no óleo quente e esperar o palito acender, também serve. Mas se você vai com frequência pra cozinha, compre um termômetro, porque não é caro e é muito útil.

Não coloque muitos sonhos de uma vez na panela, pra não rolar uma superlotação parecendo o piscinão de ramos em dia de calor. Certifique-se que você terá espaço suficiente para virá-los sem problemas. Sacrifique um sonho, abrindo-o ao meio para ver se não está cru por dentro. Caso esteja, ajuste a temperatura do óleo.

O processo todo não é nada demorado, e em poucos minutos você terá seus sonhos fritinhos, douradinhos e bem lindos, só esperando para serem abertos, recheados e devorados!

Agora, a receita:

massa
- 2 1/2 colheres de chá de fermento biológico seco instantâneo;

– 160g de leite, em temperatura ambiente;
– 490g de farinha de trigo;
– 70g de açúcar;
– 3/4 de colher de chá de sal;
- 3 ovos, em temperatura ambiente;
– 100g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente;

creme de confeiteiro
- 500g de leite integral;
- 60g de farinha de tigo;
– 180g de açúcar;
– uma pitada de sal;
– 6 gemas;
– 1 fava de baunilha, aberta no sentido do comprimento, com as sementinhas raspadas (ou 1 colher de chá de extrato de baunilha);
– 30g de manteiga;
- 100g de creme de leite fresco;

recheio:
Coloque o leite e a fava de baunilha numa panela de fundo grosso e leve para ferver. Enquanto isso, bata na batedeira as gemas, o açúcar e o sal, em velocidade alta, até virar um creme branco e espesso. Desligue a batedeira, acrescente a farinha e bata em velocidade mínima somente até incorporá-la.

Quando o leite ferver, desligue o fogo e acrescente-o aos poucos com cuidado com a batedeira ligada em velocidade mínima. Quando tiver colocado todo o leite, volte a mistura de leite para panela, e leve ao fogo mínimo, até começar a ferver, mexendo constantemente. Desligue o fogo e continue mexendo por alguns minutos. Adicione a manteiga e o extrato de baunilha, se estiver usando, e mexa até incorporar e coloque o creme numa tigela para esfriar. Cubra o creme com plástico filme e faça alguns furos na superfície para o excesso de vapor sair e leve à geladeira até que esfrie.

massa:
Bata o leite com os ovos, somente para misturar. Coloque na tigela da batedeira a farinha, o açúcar, o fermento e o sal. Faça um vulcãozinho no meio, e coloque a mistura de leite e ovos e sove a massa, usando o gancho, por uns 3-4 minutos. Continue sovando, e vá acrescentando a manteiga, aos poucos, e continue sovando, por uns 5-6 minutos, ou até a manteiga ter se incorporada totalmente, resultado uma massa macia e um pouco mole, mas sem grudar muito nas mãos. Eu precisei colocar mais 3 colheres de sopa niveladas de farinha, para isso.

Desligue a batedeira, cubra a massa com plástico filme, e leve para descansar em geladeira entre 6hs e 15hs (a minha ficou 14hs na geladeira).

Cubra uma assadeira grande com um pano de prato e polvilhe a superfície com farinha de trigo. Retire a massa da geladeira, polvilhe a superfície de trabalho com farinha de trigo e abra a massa usando um rolo, formando um quadrado com 30cm com pouco mais de 1cm de altura. Usando um cortador redondo, corte discos de massa e coloque-os na assadeira preparada. Quis fazer sonhos menores, então usei um cortador com 6,5cm.

Cubra a assadeira com um pano de prato um um plástico grande e deixe fermentar em temperatura ambiente por umas 2hs ou até dobrarem de altura e ficarem bem inflados.

Enquanto isso, coloque o óleo pra esquentar numa panela grande e funda e coloque um prato grande coberto com papel toalha ao lado, para escorrê-los.

Quando o óleo atingir uma temperatura entre 175ºC e 180ºC, aos poucos, coloque os sonhos para fritar, lembrando de não colocar muitos de uma vez. Assim que dourarem embaixo, vire-os com uma escumadeira para dourarem do outro lado. Os meus, como eram pequenos, ficaram aproximadamente 1min, 1min e meio de cada lado.

Coloque os sonhos já fritos e deixe-os até que esfriem por completo.

Enquanto isso, bata 100g de creme de leite fresco até virar chantilly. Incorpore delicadamente ao creme de confeiteiro já frio, até ficar homogêneo. Quando estiverem frios, corte os sonhos ao meio com uma faca quase até o final e recheie com o creme. Para ficar mais fácil, usei um saco de confeiteiro com bico perle (redondo e liso). Polvilhe com açúcar de confeiteiro e sirva em seguida.

Alguma dúvida sobre terem gostado dos sonhos?

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Batatas gratinadas [ou en casserole, se você for chique]

Posted: 25 Apr 2012 06:08 AM PDT

Noutro dia, o mercado aqui do lado de casa anunciava uma superpromoção:

Batatas, à 0,29 o quilo!

Tem gente que pira em saldão de roupas, 70% off. Tem gente que endoida quando anunciam uma queima de estoque de  TV com LCD fininha. Outros, trocam de celular cada vez que a operadora oferece um com desconto. Eu não. Eu piro com promoção de comida!

Cheguei em casa com, sei lá… uns 15 quilos de batata. Fiz pão, fiz purê de todos os jeitos e texturas, fiz torta, assei e fritei. Mas o jeito mais gostoso de todos é esse: gratinando.

Não tem muito segredo pra se fazer batatas gratinadas. Aliás, tem um: Corte as batatas bem fininho.

Pra uma fornada, suficiente pra alimentar uns seis famintos (e gulosos, pois eles vão repetir), você vai usar o seguinte:

- 1,2 kg de batatas descascadas;
- 500 ml de creme de leite fresco;
- 300 ml de leite integral;
- 3 ovos;
- 200 gramas de queijo ralado (parmesão ou gruyére);
- 1 dente de alho;
- noz moscada à gosto;
- sal e pimenta do reino à gosto. 

Comece já humilhando, com sua habilidade fantástica pra cortar batatas fininho.

Depois, coloque todos os ingredientes numa panela grande, exceto o alho e o queijo ralado, levando tudo ao fogo baixo, até as batatas começarem a cozinhar, mas sem deixá-las moles. Elas têm que ficar firmes, pois vão para o forno ainda.

Enquanto isso, prepare a assadeira: corte o dente de alho ao meio e esfregue bem as metades pela superfície da assadeira. Isso vai dar um saborzinho incrível no final. Assim que as batatas estiverem no ponto, distribua-as na assadeira, fazendo camadas uniformes com as fatias fininhas.

Despeje o líquido em que você cozinhou as batatas por cima de tudo, cubra com o queijo ralado e leve ao forno baixo, até o queijo dourar. Sirva, e espere os elogios!

Sério. Eu não preciso de outra comida pra ficar feliz.

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Pastelzinho de festa

Posted: 24 Apr 2012 09:01 AM PDT

Essa é uma adaptação de uma receita de pastel que faz um sucesso danado como petiscos em festas. Se você ainda não fez, vale a pena testar:

Separe fatias de presunto e de queijo e corte-as no sentido do comprimento, ao meio. Cada metade dessas fatias, colocadas lado a lado, vão ser do tamanho de uma massa de pastel comum, encontrada em qualquer supermercado ou feira. Sobreponha uma fatia de presunto e uma de queijo, enrole a massa, apertando bem, somente até o ponto em que termina a metade da fatia de queijo e de presunto. Corte a massa, deixando um pequeno espaço para que você una massa com massa, sem sobras de recheio. Para “grudar” melhor as partes de massa, espalhe um pouco de água, e aperte bem o rolinho.

Faça vários rolinhos e disponha-os um ao lado do outro, para facilitar o corte, que deve ser feito de forma uniforme, retirando excessos das pontas.

Passe cada pedaço do rolinho em uma clara levemente batida e, em seguida, empane em queijo ralado. Leve-os para fritar em óleo quente, até que fiquem dourados. Coloque-os sobre papel toalha para retirar o excesso de óleo, e sirva imediatamente.

Para acompanhar, uma cervejinha gelada, e boas risadas.

É sucesso garantido!

 

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Chefs na Virada Cultural 2012

Posted: 23 Apr 2012 10:15 AM PDT

Neste último sábado, rolou aqui na capital paulista a primeira edição d´O Mercado, uma feira gastronômica noturna, idealizada pelos chefs Henrique Fogaça e Checho Gonzales, que contou com várias comidinhas preparadas por chefs à com preços bacanas.

Nós estávamos indo para lá, mas desistimos quando vimos nas redes sociais as pessoas comentando sobre as filas, que estavam enormes e pelo tempo de espera. Mas pra quem perdeu o evento, como nós, não tem problema:

Nos dias 5 e 6 de maio, acontecerá em São Paulo a 8a. edição da Virada Cultural e dessa vez, com uma super novidade: o evento contará com o novo projeto “Chefs na Rua”, que terá a presença de 20 barracas espalhadas pelo viaduto Presidente Costa e Silva (Minhocão) com petiscos preparados por chefs renomados, com preços variando de R$5 até R$15.

Um dos grandes nomes confirmados para o evento será o Alex Atala, que servirá a famosa galinhada do Dalva e Dito. Se você se interessou, olha a lista das comidinhas do evento:

- Alex Atala – Galinhada Dalva e Dito – Dalva e Dito
– Dagoberto Torres – Arepas y Ceviches – Suri Ceviche Bar
- Danilo Rolim – Montaditos y Tapas – La Tapa Bar e Gastronomia
- Janaína Rueda – Puchero à Love Story – Bar da Dona Onça
– Carol Brandão – Trio de Guloseimas – Las Chicas
– Henrique Fogaça – Sanduíche de Copa Lombo – Sal Gastronomia
- Benny Novak – Baby Back Ribs & Sweet Corn – 210 Diner
– Luiz Emanuel – Steak Tartare e Batatas Fritas – Allez, Allez!
– Leandro Freitas e Henry Miguel Caceres – Sushis e Sashimi – Nakombi
- Marcio Silva – Arroz de Carreteiro com Pipoca – Oryza
– Raphael Despirite – Hot Dog à Francesa – Raphael Despirite – Marcel
- Daniela França Pinto – Polenta Cremosa com Cogumelo Crocante – Marcelino Pan y Vino
– Vitor Sobral / Hugo Nascimento – Bolinhos de Bacalhau e Salada – Tasca da Esquina
– Checho Gonzáles – Choripan – Cevicheria Gonzáles
– Lourdes Hernández – Tostadas y Micheladas – La Cocinera Atrevida
– Carlos Ribeiro – Buraco Quente de Picadinho Campeão
– Rodrigo Oliveira – Baião de Dois do Mocotó
– Marco Soares – Espetinho de Polpetini de Cordeiro – Oliva Restaurant
– Paula Labaki – Sanduíches de Pernil em Escabeche e de Frango
– Renato Carioni – Hamburguer de Pato com Maionese Trufada
– Heloisa Bacellar – Pão de Queijo e Bolo com Café – Lá da Venda

Virada Cultural 2012
5 e 6 de maio (a partir das 18h)
Mais informações no site oficial

Vamos? Quem sabe a gente não se encontra lá! :)

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Testando produtos Phillips [e duas dicas de sucos delícia!]

Posted: 19 Apr 2012 06:06 AM PDT

Tá ruim a vida de blogueiro, viu?

Dessa vez, o convite foi da Philips: dois novos lançamentos foram enviados pra que a gente testasse. Usasse e abusasse, vendo os prós e contras dos aparelhos e dando nossa opinião, pra que eles possam melhorar os produtos da marca.

Recebemos uma cafeteira Philips Saeco modelo X-small e um liquidificador modelo Viva Collection. E já corremos pra cozinha, pra usar.

A cafeteira é o modelo mais compacto da linha de espresso. Mas, mesmo assim, é um produto bem grande. É bem bonita, e se você gosta de café, dá pra arrumar um espaço bem nobre da sua casa pra ela.

O mais legal é poder tomar um verdadeiro café espresso, com os grãos moídos na hora. Dá uma diferença enorme! Você pode ajustar a moagem dos grãos, obtendo um café mais fraco, com os grãos mais grossos, ou um mais forte, com os grãos mais moídos.

Após aprender a utilizar (confesso que apanhei um pouco no começo), você consegue tirar excelentes cafés, inclusive fazendo aquela espuminha de leite, utilizando a função vaporizador. Eu achei frenético!

Enfim… é um excelente produto, com funções muito boas, dando a oportunidade de tomar um verdadeiro espresso em casa, mas que tem alguns problemas como a dificuldade inicial de se entender as funções e o tamanho, grande pra uma cozinha apertada como a minha.

O liquidificador já foi pra batalha, fazendo uma tarde de sucos pra molecada aqui. O produto é muito bom. Tem uma boa potência, do tipo que topa tudo.

Ele conta também com uma função pra triturar gelo, muito bem desempenhada. Outra vantagem é que todas as peças do copo são desmontáveis. Dá pra lavar a lâmina sem perigo de se machucar, bem como alcançar cada cantinho do copo. O único ponto que eu posso reclamar é o copo, que poderia ser de vidro, pra um produto tão top.

A minha maior impressão sobre os produtos é:

Philips, se quiser testar mais coisas, eu tô aqui, viu!!! :)

Bem… A tarde estava quente, e não tinha cerveja na geladeira. Então, era dia de tomar suco, bebê!

O amarelinho, da esquerda, é feito com um abacaxi sem casca e sem a parte central, batido com uma manga e uma garrafa de guaraná (600 ml) bem gelado. Sem coar, nem nada.

O do lado direto é feito com o suco de uma dúzia de laranjas e duas cenouras batidas e coadas, com um acréscimo de uma garrafa de refrigerante de laranja (600 ml) no final, só pra fazer uma graça. Eu servia um suco exatamente assim na lanchonete da minha irmã, muitos anos atrás, e fazia bastante sucesso!

Nada mal, pra uma tarde de testes, não?

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Macarrão com ervilha, bacon, ricota e uma redenção!

Posted: 17 Apr 2012 08:13 AM PDT

Ano passado, a Deh publicou aqui no blog um texto super bacana chamado “Eu nunca vou comer tomate na minha vida, onde ela faz referência à Lola, personagem de um desenho chamado Charlie&Lola, que retrata a história de um menino de 8 anos e da sua irmãzinha, a Lola, de 5 anos. Em um dos episódios mais fofos da série, ela compartilha tudo o que ela não gosta de comer, e é bem enfática: Eu nunca vou comer tomate na minha vida!

Eu era a Lola, quando criança. só que em vez de tomate, era enfática quando dizia que nunca comeria ervilhas na minha vida! Só que eu não tinha um irmão fofo como o Charlie, pra me dizer que ervilhas são meros pingos verdes da Verdelândia. Ao contrário, eu tinha minha mãe tentando me empurrar ervilha goela abaixo.

E me lembro de um fatídico dia, véspera de dia das crianças, quando minha mãe prometera um presente que eu queria muito, mas com a condição de que comeria um arroz de forno com muitas ervilhas.

No alto da minha sinceridade de 6 anos, disse que se comesse aquilo passaria mal, mas ela não deu muita bola, e deixou que eu resolvesse o trauma com o prato de comida na minha frente. O desejo pelo brinquedo era mais forte e acabei comendo toda a comida.

Trato cumprido, fomos para a loja. Peguei o brinquedo, mas acabei realmente passando mal no meio da loja, em meio de mães e crianças alucinadas escolhendo brinquedos. Minha mãe me pegou pelo braço e saiu de fininho, com a promessa de que não me daria mais ervilhas.

Até que me tornei mãe, aprendi a comer de tudo pro meu filho comer bem e me dei conta que teria que me resolver com as ervilhas novamente. O compromisso foi tamanho que na primeira refeição do meu filho mais velho, tinha ervilhas, apenas com o cuidado meu de ter tirado suas cascas depois de cozidas, uma por uma.

Por fim, a redenção: provei ervilhas frescas, temperadas com sal, pimenta do reino e um fio de azeite. E gostei bastante, pra dizer a verdade. E essa receita surgiu nessa época, com meu primeiro filho ainda pequeno, eu aprendendo a cozinhar, sem tanto tempo pra ficar na cozinha e querendo recompensar de alguma forma todos esses anos que fiquei sem comer ervilhas!

Olha que moleza é:

- 400g de macarrão curto, como penne, farfalle, fusilli ou ganzettes (como eu usei);
– um teco de bacon ou pancetta, de mais ou menos uns 200g, picado em cubinhos;
– 300g de ervilhas congeladas (um pacote);
– 200g de ricota passada pela peneira;
– 60g de queijo parmesão ralado finamente:
– 2 colheres de sopa de azeite;
– um punhado de folhas de hortelã, cortadas em tiras finas;
– raspas de um limão siciliano (opcional);
– sal e pimenta-do-reino à gosto.

Frite os cubinhos de bacon numa frigideira e reserve-os. Coloque bastante água numa panela para ferver a massa. Enquanto isso, numa tigela bem grande, passe a ricota pela peneira, adicione o queijo parmesão, o azeite as raspas de limão e tempere com o sal e a pimenta-do-reino. Misture até formar uma pasta espessa e reserve.

Coloque a massa para cozinhar e assim que estiver al dente, escorra, reservando um pouco do líquido do cozimento dela. Coloque a massa imediatamente na mistura de ricota e em seguida, coloque um pouco da água reservada, a fim de diluir o molho (umas 7-8 colheres de sopa de água, aproximadamente).

Adicione o bacon, o hortelã, ajuste o sal e sirva em seguida.

Não tem como ter trauma de ervilhas, numa combinação tão apetitosa como essa!

 

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Salada de folhas verdes com rosbife, abacaxi e castanhas

Posted: 16 Apr 2012 07:01 AM PDT

Segunda-feira: dia internacional de começar dieta!

Ou então, é dia de compensar o desbunde do final de semana… dia de uma comidinha mais leve, né?

Que tal uma saladinha, bem gostosa, pra começar a semana? Essa aqui é de rúcula, alface, rosbife, abacaxi e nozes. Olha só que delícia:

Fazendo o post, eu fico com vontade de fazer mais salada… ela é incrível! E facinha de fazer, olha só:

Comece fazendo uma receita de rosbife, como essa aqui da Debora. Enquanto o rosbife está no forno, você pode ir adiantando o abacaxi: Descasque um, fatie e leve as fatias em uma frigideira bem quente, até elas começarem a caramelizar. Corte em cubinhos e reserve.

Pegue as fatias de rosbife bem fininhas, junte com um pouco de alface crespa ou mimosa, os cubinhos de abacaxi caramelizado, algumas folhinhas de hortelã em fatias bem finas e um bom punhado de mix de castanhas (o nosso é de pecã, amendoim, castanha de cajú, barú, sementes de abóbora e choclo). Tempere tudo com um pouco de sal e regue com um bom fio de azeite. Voilá!

A Debora tem uma outra dica de salada de rosbife aqui.

Não precisa de mais nada… é só escolher uma das duas que você terá um prato completo, pra virar curinga pra toda hora!

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Caipirinha de Carambola [ou, depois da terceira, Caipirola de Carambinha]

Posted: 13 Apr 2012 10:55 AM PDT

Dia desses, pra uns testes na cozinha, compramos uma caixa de carambola. Eu não tinha noção de que a fruta renderia tanto. Testes e testes depois, ainda sobravam carambolas…

Por que não fazer um drink com elas?

Já adianto que o título do post foi um tanto quanto mentiroso… na verdade, não é uma caipirinha, pois não usei cachaça na receita. É, sim, uma caipiroska (nome que eu detesto), pois o drink é feito com vodka. O que importa, é que o drink e tão bonito, tão perfumado, tão gostoso, que se você não maneirar, vai estar embaralhando as letras na hora de pedir o terceiro ou quarto copo!

Pra fazer, você vai usar o seguinte:

- 1 carambola pequena e bem amarelinha, fatiada;
– 2 doses de vodka;
– 2 colheres (sopa) de açúcar (se você tiver açúcar de baunilha, fica ainda melhor);
– bastante gelo;
– 1 ramo de tomilho.

Aqui, é simples: coloque as fatias de carambola na coqueteleira, reservando uma para a decoração.
Adicione o açúcar e macere levemente. Junte o ramo de tomilho e complete a coqueteleira com gelo. Adicione a vodka, e bata o drink rapidamente. Se você macerar ou bater muito, as carambolas vão se desfazer, e isso não é legal, ok?

Após bater, retire o ramo de tomilho com cuidado e coloque-o no copo. Derrame o drink que está na coqueteleira pra dentro do copo, decore com a fatia de carambola restante e sirva!

 Se exagerar na dose, não vá dizer que eu não avisei, hein?

 

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Sobrecoxas com molho de vinagre e alecrim

Posted: 12 Apr 2012 07:47 AM PDT

Todo mundo tem uma meia dúzia de receitinhas curingas, seja por serem simples de se preparar, ou por ser algo rápido, usando poucos ingredientes ou até mesmo por ser uma preferência de toda a família. A receitinha desse frango tem um pouco disso tudo, mas com algo a mais: o sabor é surpreendente! Tão surpreendente, que está no top 3 dos pratos preferidos lá de casa!

E pra acompanhar, sugiro uma polenta molinha fumegante, com um pedacinho de gorgonzola preferencialmente e bem amanteigada! A combinação da acidez do molho de vinagre, com o adocicado da polenta e a maciez do frango são os responsáveis por me fazerem gostar tanto desse prato!

Pra fazer é assim:

- 250ml de vinagre de vinho tinto; (já fiz com vinagre de laranja, vinagre de arroz e vinagre de caqui também, e todos ficaram excelentes)
– 2 ou 3 dentes de alho, bem picadinhos;
– 2 ou 3 raminhos de alecrim, bem picadinhos;
– 8 sobrecoxas de frango, com pele e não muito grandes; (ou 4 sobrecoxas com a coxa, como está na foto)
– 180ml de caldo de frango;
– azeite de oliva ou óleo de milho;
– sal e pimenta-do-reino à gosto;

Coloque o alecrim e o alho junto com o vinagre e reserve por 20 minutos antes de começar o preparo.

Aqueça uma frigideira grande de fundo grosso no fogo alto e enquanto isso, tempere as sobrecoxas com sal, pimenta-do-reino e azeite. Quando a frigideira estiver bem quente, coloque um fio de azeite ou óleo e coloque as sobrecoxas com a pele virada para baixo, e deixe grelhando, sem mexer, até ficarem bem douradas. Vire-as e deixe dourar do outro lado também. Se a sua frigideira for pequena, faça por etapas.

Assim que as sobrecoxas dourarem levemente na parte debaixo, vire-as de novo, deixando com a pele para cima e coloque o caldo de frango, raspando com uma colher os resíduos que estiverem grudados na frigideira. Diminua o fogo, e deixe o frango cozinhar, por mais ou menos 15-20 minutos.

Aumente novamente para o fogo alto, e coloque a mistura de vinagre. Deixe por mais ou menos 8-10 minutos, enquanto o vinagre evapora, tornando um molho mais grosso e brilhante.

Coloque a polenta mole no centro do um prato e coloque a sobrecoxa com um pouco do molho por cima.

Polenta
- 5 xícaras de caldo de frango;
– 1 xícara de polenta ou fubá;
– um pedacinho de gorgonzola, de aproximadamente 50-100g;
– sal e pimenta-do reino à gosto;
– 2 colheres de sopa de manteiga sem sal;

Numa panela grande, coloque as 5 xícaras de líquido e leve ao fogo alto até ferver. Assim que estiver fervendo, jogue a polenta ou fubá aos poucos, mexendo vigorosamente com um fouet. Assim que colocar todo o fubá, mexa sem parar por mais uns 2-3 minutos.


Desligue o fogo, coloque o gorgonzola e a manteiga, mexendo até que eles derretam. Tempere com o sal e a pimenta.


Que tal fazer pra janta de hoje?